Por Coletivo Leitor - 09 nov 2020 - 4 min
Com o propósito de combater o analfabetismo, o Dia Nacional da Alfabetização é comemorado em 14 de novembro desde 1966. A partir de então muitas ações de conscientização e campanhas de incentivo foram divulgadas por instituições de ensino. Assim como por órgãos governamentais.
Nesse sentido, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) afirma que toda criança deve ter o seu direito de alfabetização garantido até o segundo ano do Ensino Fundamental. Ou seja, todos devem ter acesso resguardado ao processo de alfabetização. Mas nem todas as crianças e adultos estão próximos desse aprendizado. É exatamente por isso que o Dia Nacional da Alfabetização surgiu. Para debatermos a importância da leitura na vida de todos.
Diversas culturas possuem diferentes códigos de comunicação. Por mais distintos que sejam esses símbolos, eles apresentam um valor de identificação, de significado e de pertencimento grupal. Por exemplo, no Brasil aprendemos os códigos da Língua Portuguesa para nos expressar através da leitura, da fala e da escrita.
Além de saber ler e escrever, a alfabetização também diz respeito ao entendimento, à compreensão e à reflexão sobre o mundo ao redor. Para contribuir positivamente nessa jornada, toda ajuda é válida. Isso significa que é fundamental que pessoas influentes como professores, educadores, pais e responsáveis estejam engajados. Assim, conseguem desenvolver habilidades acerca da importância dessa habilidade na vida de todos os indivíduos.
O desenvolvimento humano está bastante ligado às influências recebidas ao longo da infância. Isso porque esse é o momento em que o indivíduo entra em contato pela primeira vez com diversos elementos. Esses, que passam a ser reconhecidos em seu universo pessoal. É nessa fase da vida, por exemplo, que valores morais são criados e que os sentimentos individuais passam a ser identificados.
Por isso, a alfabetização é essencial para que a criança consiga identificar sinais e signos da comunicação. A partir do domínio da língua materna, esse indivíduo recebe uma chance de ascensão social e um enriquecimento pessoal sem tamanho. Assim, saber ler e escrever é um dos primeiros passos para a construção completa de uma criança, futuro jovem e adulto.
Entendendo a alfabetização como o ato de ensinar as primeiras letras, formar palavras e compreender diálogos, sabemos que podemos ir além. Isto é, a partir de outros estímulos é possível desenvolver uma mentalidade bem mais completa. Por exemplo, introduzir a leitura junto à alfabetização é uma ótima contribuição na formação de um indivíduo.
Nesse sentido é possível acrescentar a prática da leitura mediada. Ou seja, pais, responsáveis e professores lendo livros de literatura para estimular o pensamento das crianças. Nesse momento é importante que os adultos questionem os pequenos sobre seu entendimento. Além disso, sobre o que estão absorvendo da leitura e que também proponham outras perguntas pertinentes.
Outra possibilidade é explorar uma leitura mais lúdica, adotando livros de abecedário, como De avestruz a zebra, de Maiti Frank Carril, Poemas para brincar, de José Paulo Paes, e Proibidos para maiores, de Denise Rochael, para acompanhar esse processo de alfabetização. Com esse tipo de obra é possível que a criança acompanhe a leitura e interaja com ela. Dessa forma, ela aprende a partir do reconhecimento de objetos e animais, por exemplo.
Sabendo da contribuição da Literatura no desenvolvimento durante a alfabetização, é preciso ter em mente que essa noção não pode ficar apenas no discurso. Ou seja, é importante que essa conscientização se prolifere. Mais do que isso, que seja estimulada não somente durante datas comemorativas como o Dia Nacional da Alfabetização. Mas sim, durante o ano todo. Sendo assim, se você trabalha com educação ou se interessa por esse tema, contamos com sua participação ativa na disseminação da leitura de literatura. Assim, construiremos uma nova geração de leitores e de indivíduos aptos para a vida em sociedade.