Por Bruna Batista - 26 out 2020 - 7 min
No dia 29 de outubro de 1810 foi fundada a Biblioteca Nacional, com o acervo bibliográfico doado pela família real portuguesa. É por este motivo que nessa data comemora-se o Dia Nacional do Livro. Há também a data da comemoração internacional, em 23 de abril. Por serem objetos tão importantes, fica justificada as duas comemorações.
Nessa publicação, conheça um pouco da história da Biblioteca Nacional, o início das publicações de livros no Brasil, atividades para celebrar a data e indicações de livros que falam sobre livros. Boa leitura!
Em 1808, a corte de D. João VI chega ao Rio de Janeiro após a invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte e suas tropas. A família trouxe consigo cerca de 60 mil peças entre livros e outros objetos. Dentre eles estava a primeira edição de “Os Lusíadas”, de Camões. A Real Biblioteca é então estabelecida e, em 29 de outubro de 1810, é divulgado o decreto que determina a sua abertura aos estudiosos.
Localizada no Rio de Janeiro, a Biblioteca Nacional, ou BN, foi considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais da América Latina, além de ser uma das principais do mundo. Com mais de 200 anos de história, é o órgão responsável pela captação, difusão e preservação da produção intelectual de nosso país. A BN possui laboratórios de restauração e conservação do papel, oficinas de encadernação, centro de microfilmagem, filmografia e digitalização.
A BN possui hoje uma versão digital, com conteúdos de obras de domínio público, em grande parte provenientes das coleções da Biblioteca Nacional. A utilização desse material é livre e gratuita, bastando atribuir a referência.
A primeira obra literária produzida no Brasil foi “Marília de Dirceu”, de Thomás Antônio Gonzaga, em 1808. A obra já havia sido publicada em Portugal e pode ser impressa com a fundação da Imprensa Régia, a primeira editora do Brasil, sob comando e mediante autorização de D. João VI. A decisão sobre quais livros seriam publicados era toda dele.
Até então, os livros que eram vendidos por aqui eram produzidos principalmente na Europa. Apenas em 1821 a censura prévia deixa de existir e foi decretado o fim do monopólio da coroa sobre as publicações.
Nesse momento, surgem outras editoras pelo país, dando maior popularidade aos livros, que costumavam ser caros para a maior parte da população. Após a independência, em 1822, com a chegada de mais imigrantes, livrarias e editoras estrangeiras abriram filiais no Rio de Janeiro.
Em 1966, por meio da Lei nº 5.191, ficou oficialmente determinado que o dia 29 de outubro seria o Dia Nacional do Livro, no parágrafo único do art. 1º, fica estabelecida que a data seja comemorada em escolas públicas e particulares de ensino, sem interrupção dos trabalhos.
A data tem uma ligação direta com diversos acontecimentos importantes da história de nosso país, como a chegada da família real em 1808 e a independência do Brasil em 1822, por isso, essa pode ser uma oportunidade de trabalhar os conteúdos de forma interdisciplinar.
A valorização do livro como meio democrático de acesso à informação também é uma questão importante a ser desenvolvida com os alunos. É possível demonstrar, com os estudos sobre a censura prévia e o monopólio da produção, como essas práticas atrapalham a sociedade e o quão importante é termos acesso livre a obras e publicações de diferentes gêneros, posicionamentos, vivências, modos de escrever.
Liloca está furiosa por desconhecer a chegada de um escritor famoso à vizinhança. Justo ela, que sempre sabe de tudo! O tal escritor chama-se Hilário e está morando na casa abandonada perto da Casa Amarela. Ninguém sabe de onde veio. Ele passa a ser visitado pelas vizinhas, e adora receber os presentes e elogios que lhe fazem. Liloca começa a frequentar a casa do escritor. Só fala nele e vive repetindo seus ensinamentos. Rubião, intrigado, resolve investigar, pois, além de um pouco enciumado, acha a história muito estranha.
Este livro possui Guia do Professor.
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Kim ganhou o livro Dom Quixote de seu avô, que garante que é imperdível! Para surpresa do garoto, o protagonista da história é um cara louco, que não diz coisa com coisa e, além disso, em toda aventura que se mete acaba se dando mal. Mesmo assim, Kim lê o livro até o final e, quando termina, acha tudo ridículo. Ele chega a ler mais uma vez para se certificar de que a obra é mesmo ruim. Para não ter que conversar com o avô sobre Dom Quixote, ele até inventa que perdeu o livro. Mas não adianta… O avô lhe dá outro exemplar. Aos poucos, no entanto, Kim começa a ver a narrativa de outro modo.
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Reunindo alguns dos mais representativos contos de Machado de Assis, nesta antologia encontram-se a típica ironia machadiana, a presença da escravidão, profunda demais para ser eliminada por meio de uma lei, e as restrições impostas às mulheres em uma sociedade conservadora – temas ainda presentes no Brasil atual. Mais do que uma experiência literária, Machado nos proporciona um verdadeiro conhecimento da formação da nossa sociedade.
Cada livro carrega em si um mundo de aprendizados que podem ser utilizados nas aulas. Eles são uma ótima forma de trabalhar conteúdos, conceitos, diferentes culturas e vivências e, também, datas comemorativas. Confira nosso material e veja mais dicas para levar a literatura para a sua escola!
Referências usadas para essa publicação:
FERES, Lilian Baranski. A chegada dos livros no Brasil. Semana de extensão, pesquisa e pós graduação – SEPesq, 2018. Acesso em outubro de 2020 <https://www.uniritter.edu.br/files/sepesq/arquivos-trabalhos-2019-2/4-lilia-baranski-feres-a-chegada-dos-livros-no-brasil.pdf>.
Biblioteca Nacional. Acesso em outubro de 2020 < https://www.bn.gov.br/>