Por Bruna Batista - 22 jun 2020 - 6 min
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade”. Esse equilíbrio pode ser mantido ao estabelecermos estratégias para lidar com as emoções, boas e ruins, reconhecermos os nossos próprios limites e, em caso de necessidade, entendermos quando é o momento de buscar ajuda externa. Precisamos nos lembrar da importância de manter a saúde mental em tempos de isolamento social.
Essa questão foi tema de uma live da SOMOS Educação, ministrada por Marco Antônio Ferraz, fundador e diretor da Prof. Assessoria em Educação, empresa que há 25 anos contribui com o desenvolvimento de escolas e gestores escolares. Marco já atuou como diretor escolar, diretor de sistemas de ensino, diretor do programa Líder Em Mim, coordenador pedagógico e professor, tanto de Educação Básica quanto de Ensino Superior.
Para este momento não há um código de conduta a ser seguido que irá garantir a saúde mental de todos. Não existe uma receita de bolo. Entretanto, podemos pensar e trabalhar as pistas e os caminhos para que possamos nos sentir bem. O equilíbrio para conseguir compreender e lidar com as emoções, tão importante para a saúde mental, é justamente o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, tão abordadas atualmente no contexto educacional.
Na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que regulamenta quais são as aprendizagens essenciais a ser trabalhadas nas escolas brasileiras públicas e particulares, essas competências são previstas com grande destaque, afinal, hoje, compreende-se sua importância tanto para o desenvolvimento pessoal quanto para o desenvolvimento cognitivo dos alunos.
De modo geral, em todos os momentos de nossa vida ter domínio das competências socioemocionais é importante, pois nunca poderemos prever quando situações de estresse extremo vão surgir e exigir mais de nós. Ninguém esperava por uma pandemia mundial que nos forçaria a nos isolar em nossos lares, e essa é uma situação de estresse que tem nos exigido muita paciência, tranquilidade e compreensão. Entretanto, você já pensou como era sua saúde mental antes de iniciar a quarentena?
Antes da pandemia já vivíamos situações preocupantes e estressantes, mas, é claro, agora todas ganham uma proporção diferente. O que Marco Antônio Ferraz pontua é a importância de reconhecer, entre os receios e as preocupações, quais são legítimos e verdadeiros. Na situação atual, medos e dificuldades são amplificados, mas precisamos nos lembrar sempre de buscar novas soluções.
Marco diz “é humano temer, é humano ter medo. O medo nos deixa alerta. O pânico não, ele nos paralisa. É isso que precisamos: reconhecer nossos medos e então agir. Eles colocam em risco nossa saúde mental. Por isso é importante reconhecer os medos, mas agir sobre eles.”.
Por isso, devemos nos lembrar constantemente de ter calma e buscar soluções em vez de ficarmos paralisados. Além disso, pensando além de nós mesmos, o mundo todo enfrenta difíceis questões, por isso, também podemos pensar no privilégio que temos, muitas vezes.
Mudando a forma como enxergamos as coisas, podemos também alterar como nos sentimos sobre elas. Esse é o momento que temos para viver, então, como podemos melhorá-lo? Marco nos relembra: “todos nós já passamos por situações difíceis antes, essa é apenas uma delas.”.
Estas são algumas atitudes e habilidades que Marco Antônio Ferraz pontua como importantes para superar o momento:
Por fim, Marco Antônio afirma que podemos utilizar esse momento a nosso favor, seja fazendo algum curso de formação, aprendendo um novo idioma, colocando em prática um projeto que estava há muito tempo no papel ou, até mesmo, fortalecendo o networking e entrando em contado com diferentes pessoas da área. Uma das dicas é fazer cursos de formação sobre a BNCC para fortalecer a compreensão do conteúdo para aplicá-lo no dia a dia escolar.
Assista à live completa!