Como incentivar a leitura de livros diante de tantas tecnologias?

Por Coletivo Leitor - 19 dez 2018 - 5 min

Smartphone, tablet, jogos eletrônicos… são muitas as tecnologias que podem conquistar a atenção das crianças. Elas podem passar horas e horas imersas nesse mundo virtual sem que fiquem entediadas. Navegam com facilidade de uma aba para a outra, assistem a vídeos diversos e a incontáveis propagandas. Nesse contexto tecnológico, pais e responsáveis têm um desafio: como incentivar a leitura de livros em meio a tantas distrações oferecidas por aparelhos eletrônicos?

Sabemos que a leitura é uma ótima forma de mergulhar em um universo desconhecido. Ela contribui para a inteligência emocional do indivíduo, uma vez que ele começa a desenvolver habilidades sociais, empatia, motivação, autoconhecimento e autocontrole a partir do que lê ou leem para ele. Isso porque os livros literários ensinam muitas lições a partir de suas histórias, personagens e desfechos.

Apesar dos seus benefícios, de acordo com os dados da 4.ª edição da pesquisa Retratos da Leitura, de 2016, realizada pelo Instituto Pró-Livro, 44% da população brasileira não costuma ler e 30% nunca comprou um livro. Esse cenário deixa ainda mais óbvia a necessidade de incentivar a leitura, principalmente quando nos referimos às crianças. Criar o hábito de ler é fundamental para que elas descubram o prazer nos livros e incluam a leitura no dia a dia.

Como incentivar a leitura de livros

O trabalho de estímulo ao gosto pela leitura deve ser coletivo. Isto é, a família não pode esperar que a escola faça o trabalho todo sozinha. Por sua vez, a escola também não pode supor que a família o fará. Para que exista uma construção completa do hábito durante a infância, é fundamental que família-aluno-escola trabalhem em conjunto.

Tendo isso em vista, listamos algumas dicas para incentivar a leitura de livros mesmo na presença de tecnologias digitais tão atrativas para as crianças.

1. Tudo começa pela rotina

Quando crianças, geralmente as tarefas têm horas determinadas. Por exemplo, o jantar é no horário X, a soneca no Y, o momento de brincar no Z. Mas como podemos encaixar a leitura na rotina? Esse é o primeiro passo para você incentivar a leitura de livros pelas crianças. O problema não é a existência da tecnologia, mas não ter um horário reservado para mostrar como a leitura pode ser prazerosa.

Atualmente, é muito comum que antes de dormir os pais e os responsáveis deixem as crianças assistirem a vídeos, por exemplo. No entanto, não seria válido substituir esse hábito por contar uma história para a criança? Essa  mudança pode alterar toda a sequência da vida dela. Criar uma rotina desde cedo aumenta as chances de fazer com que o hábito perdure.

2. Escolha livros coerentes com a fase da criança

Todos possuem livros mais adequados para o seu momento de leitura, seja pelo gosto, pelo nível de complexidade ou pelo tamanho da obra. Então, é muito importante que essas características sejam consideradas ao incentivar a leitura de livros. Para isso, vale deixar a criança escolher por meio do atrativo imagético ou pela experiência transmitida pelo adulto. Ainda assim, também é importante ficar atento aos seguintes critérios:

  • Leitura para crianças de dez meses a três anos: nessa fase da infância, as histórias precisam ser curtas e de leitura rápida. Os livros podem ter ilustrações que façam a criança se sentir atraída visualmente, instigando a sua curiosidade.

    Os livros devem ter boas narrativas para o estímulo e para o gosto pela leitura. Devem contar histórias que possibilitem o exercício da empatia, da diferença e do respeito à diversidade. A Literatura é o instrumento de transformação por meio da Arte e do contato com o outro.
  • Leitura para crianças de quatro a cinco anos: nesse período, pode ser que a criança que esteja habituada com a leitura já consiga dar os primeiros passos na leitura individual, considerando que sejam livros interativos, de imagens ou sons. Por isso, dividimos em três categorias as possibilidades de contato com o livro.

É importante contar com boas dicas, de blogs especializados, como o Coletivo Leitor, para escolher bons conteúdos. Com bastante diálogo e troca, sempre há boas histórias para ler.

Além dessas duas separações, existem outros filtros que ajudam a identificar o livro ideal para cada perfil de leitor. Por exemplo, de 6 a 8 anos ou de 9 anos em diante, mas o importante mesmo é contar com a mediação da leitura. A experiência de um livro nunca será solitária.

3. Atividades que envolvam a leitura

O contato com as obras não pode ser algo monótono para uma criança. Para incentivar a leitura de livros é fundamental que haja alguma atividade interativa envolvida no processo.

  • Uma das formas lúdicas de estimular a leitura é reunir brinquedos favoritos da crianças para ouvirem as histórias com elas. Assim, elas considerarão o hábito como uma forma divertida de brincar.
  • Outra atividade que pode ser realizada é desenhar o que foi lido. Dê papel e caneta na mão da criança e deixe que ela relembre a leitura da maneira que ela a interpretou.

E a tecnologia?

A partir dessas dicas, podemos notar que às vezes não é a existência da tecnologia que atrapalha o trabalho do incentivo à leitura. Não saber administrar o tempo dedicado a cada atividade é o que pode acabar distanciando as crianças do contato com os livros. Por isso, tenha sempre por perto livros com enredos atrativos e que despertem a imaginação.

Assim, você incentivará a leitura de modo genuíno e contribuirá para o crescimento das crianças. Conheça diversas opções de obras para auxiliar nesse processo de estímulo à leitura.

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